Brasileiro ou estrangeiro: Quem deve ser o novo técnico do Brasil?

 


Apostar na mesmice e optar por um técnico brasileiro ou ousar e escolher um estrangeiro para comandar a seleção brasileiro no ciclo para a Copa do Mundo de 2026. Essa resposta deve ser dada apenas em janeiro pelo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues.

A “invasão estrangeira” já atingiu os clubes brasileiros e metade dos participantes da Série A do Campeonato Brasileiro tem hoje técnicos de outras nacionalidades.

Muitos ex-jogadores que atuam na imprensa esportiva se incomodam com esse cenário e defendem que um técnico brasileiro seja o escolhido para comandar a seleção.

A argumentação é que o Brasil conquistou cinco taças da Copa do Mundo com técnicos brasileiros, mas o fracasso de Tite nos Mundiais de 2018 e 2022, e o sucesso dos estrangeiros no comando de clubes nacionais trazem a discussão sobre o tema.

Olhando para o cenário nacional não temos um nome unânime para assumir o comando do Brasil. Dorival Júnior conquistou duas taças em 2022 com o Flamengo, mas não teve seu contrato renovado e foi trocado pelo português Vitor Pereira.

Fernando Diniz sempre é citado por apresentar um DNA ofensivo na forma de jogar, mas a falta de títulos em seus trabalhos coloca questionamentos em sua escolha.

Cuca, último técnico brasileiro a conquistar um campeonato nacional, deixou o Atlético Mineiro com uma campanha ruim. Pesa contra ele ainda uma acusação de estupro quando era jogador numa excursão do Grêmio pela Suíça. Com receio de repercussão negativa, empresas podem deixar de patrocinar a seleção caso seja ele o escolhido.

Rogério Ceni ainda não deslanchou na carreira de técnico e está no São Paulo mais pela idolatria da torcida do que pelo desempenho e resultados obtidos dentro de campo.

Por fim temos Renato Gaúcho. Com passagens por grandes times cariocas e conquistas no Grêmio, ele também deixou o comando do Flamengo em 2021 questionado e não parece mais a primeira opção para comandar a seleção brasileira.

Nenhum desses nomes me empolga. Acho que a opção por um estrangeiro seria a ideal. E defendo a escolha pelo que se é produzido fora do país e não apenas pela nacionalidade.

O meu escolhido seria Carlos Ancelotti. O técnico hoje no Real Madrid é o maior vencedor de Champions League, ergueu taças em todas as grandes ligas europeias e sempre teve bom relacionamento com jogadores brasileiros.

O italiano tem contrato com a equipe espanhola até junho de 2024 e apesar de ter sido sondado pela CBF concedeu entrevista esse semana dizendo que só deixa o clube se for demitido.

Sem ele, as opções se reduzem, pois os principais técnicos estão empregados em clubes europeus e ganham altos salários.

Sem Ancelotti, a CBF deve voltar seu olhar para um técnico português. Abel Ferreira com conquistas no Palmeiras e Jorge Jesus pelo trabalho ótimo realizado no Flamengo devem encabeçar essa lista. Não me surpreenderia também se o escolhido fosse Luís Castro, hoje no Botafogo, e bem avaliado pelos dirigentes.

Independente da escolha, o novo técnico do Brasil vai enfrentar a pressão de 24 anos sem disputar uma final de Copa do Mundo e o “barulho” com os maiores rivais sendo os atuais campeões mundiais.

Espero que o escolhido realize um bom trabalho e consiga elevar o nível da seleção, principalmente durante a Copa do Mundo de 2026. Material humano para conquistar o hexa não falta. A escassez mesmo tem sido de bom futebol. Quem sabe um estrangeiro não consiga resgatar isso.


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