Tricampeonato argentino coloca mais pressão na seleção brasileira
A Copa do Mundo de 2022 terminou com mais uma decepção da nossa seleção. O sonho do hexa mais uma vez parou nas quartas de final numa disputa de pênaltis contra a Croácia. Pior. O brasileiro viu seu maior rival erguer a tão esperada taça.
O próximo técnico da seleção brasileira
ainda não foi escolhido pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), mas ele
e os jogadores sofrerão uma pressão extra no ciclo até o próximo mundial. A
conquista do tricampeonato da Argentina coloca um “piano” nas costas de todos.
Além de “aturar” as músicas dos rivais
sul-americanos entoando sobre a conquista da “La Terceira”, os jogadores brasileiros
e a nova comissão técnica vão enfrentar um jejum de 24 anos sem ao menos chegar
a uma final de Copa do Mundo.
A seleção brasileira já passou por um
cenário parecido. Após o tricampeonato em 1970 com Pelé, o Brasil ficou 24 anos
sem ao menos chegar a uma final de Copa do Mundo. Durante esse tempo, o sonho
foi alimentado com bons times e o sempre lembrado esquadrão de 1982, mas a
decepção se perpetuou.
O time do tetra enfrentou cenário de
pressão idêntico. Sem conquistas, o Brasil viu nesse período a seleção
Argentina conquistar duas taças (1978 e 1986) e um vice-campeonato (1990).
Parreira sofreu durante o ciclo das
eliminatórias com derrota vexatória para Bolívia em La Paz e conseguiu a
classificação para a Copa do Mundo dos Estados Unidos apenas no último jogo com
uma vitória diante do Uruguai no Maracanã com dois gols de Romário.
O próximo técnico do Brasil não deve
enfrentar só problemas. A seleção brasileira não é “terra arrasada” e nem vai
precisar remontar todo o elenco como feito após outros fracassos em Copas.
Vinícius Junior, Rodrygo, Antony,
Martinelli e Bruno Guimarães são jogadores jovens e já com certo protagonismo
em seus clubes europeus. O amadurecimento desses atletas deve acontecer com a
presença dos experientes Alisson, Ederson, Marquinhos e Casemiro.
Neymar não confirmou permanência na
seleção após a derrota para Croácia. O atual camisa 10 da seleção deve ser
convencido pelo novo técnico a continuar na seleção no próximo ciclo e se
inspirar em Messi. O colega de PSG conseguiu a tão sonhada taça do Mundial com
35 anos, um a mais que ele terá na Copa de 2026.
Mais jogadores promissores devem surgir
no ciclo de três anos e meio até o Mundial organizado em conjunto por Estados
Unidos, Canadá e México. A principal esperança hoje do “país pé de obra” é
Endrick. O menino de 16 anos atuou em sete jogos pela equipe do Palmeiras e já
foi vendido por R$ 400 milhões para o Real Madrid.
O material humano não parece ser o
problema para o Brasil chegar competitivo na próxima Copa. Vamos aguardar a
escolha do próximo técnico e que ele consiga elevar o nível técnico e tático da
nossa seleção brasileira na busca pelo hexa.
Comentários
Postar um comentário