Brasil “pé de obra” perde cada vez mais talentos para periferia da Europa
É fato que desde os anos 90 os jogadores
brasileiros se tornaram “pé de obra” e migram para o futebol europeu. Ano após
ano as negociações foram aumentando, mas houve uma mudança de cenário. Anteriormente
as jovens promessas eram negociadas com os grandes times do velho continente,
mas agora as vendas estão ocorrendo para times da “periferia da Europa”.
Nessa semana Flamengo e Palmeiras, os
dois melhores times do Brasil, negociaram dois jogadores de seus times titulares
para equipes da Premier League que estão brigando contra o rebaixamento.
O Palmeiras vendeu Danilo por 20 milhões
de euros para o Nottinghan Forrest. O volante foi titular absoluto por três
temporadas com a camisa alviverde e conquistou duas Libertadores da América,
Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Paulistão e Recopa. O seu desempenho até
lhe rendeu uma convocação para a seleção brasileira antes da Copa do Mundo.
João Gomes também foi negociado para a
Inglaterra por 17 milhões de euros e vai jogar no Wolverhampton, equipe que hoje
na zona de rebaixamento. O volante estreou no profissional em 2021 e tomou
conta da posição. Com ótimo desempenho, foi peça importante do rubro-negro nas
conquistas do Brasileiro e da Libertadores, e deve estar no radar do próximo
técnico da seleção brasileira.
As vendas das jovens promessas vão sempre
ocorrer e é motivada pela diferença financeira entre os clubes europeus e
brasileiros. O abismo está ficando cada vez maior a ponto dos dois clubes mais
estáveis do país vender dois titulares para times da “periferia da Europa”.
Em um curto prazo esse cenário não vai
se alterar. Os clubes brasileiros precisam aumentar sua arrecadação para se
reestruturar e evitar que na primeira proposta estrangeira venda um titular de
sua equipe. Até isso acontecer continuaremos a ser “pé de obra” dos europeus.
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