Fracasso de jogadores brasileiros na Europa ocorre por mau gerenciamento da carreira
Voltar
ao futebol brasileiro após apenas uma temporada na Europa pode ser considerado
um fracasso? A discussão pode ser abordada por vários aspectos, mas o caminho da
“volta para casa” é adotado cada vez mais por jovens brasileiros que não se
adaptam ao futebol no velho continente.
A
polêmica foi reacesa com o retorno do meio-campista Gerson ao Flamengo. É a
segunda volta do jogador ao Brasil. Revelado pelo Fluminense ele foi vendido ao
futebol italiano e após poucas temporadas sem brilho regressou ao Brasil.
Destaque
do Flamengo nas conquistas da Copa Libertadores e Brasileiro de 2019, Gerson
foi vendido ao Olympique de Marseille. O meio-campista teve até bons números no
futebol francês, mas após a mudança de técnico, ele forçou a barra para deixar
o clube e foi recomprado por R$ 85 milhões.
O
Flamengo faz uma ótima aquisição, mas o mercado europeu olha cada vez mais o
jogador brasileiro como “mimado”. O time carioca se aproveitou de outras
situações parecidas e comprou Gabigol, Pedro e Everton Cebolinha, que também
não se adaptaram ao futebol europeu.
A
verdade é que o jogador brasileiro deixa seu clube rumo ao sonho da
independência financeira na Europa, mas gerencia mal sua carreira. Gabigol e
Pedro fazem sucesso no Brasil, mas dificilmente vão voltar a ter oportunidade
fora do país. Nenhum clube europeu vai fazer um alto investimento em jogadores
com esse histórico.
Há
exceções. Vinícius Junior e Rodrygo foram comprados pelo Real Madrid por altas
quantias e “amassaram o barro” em times B antes de fazer sucesso. Gabriel Jesus
também conduziu bem sua carreira quando optou por trabalhar com Guardiola e
preteriu outras propostas mais vantajosas.
Endrick
é mais um que parece ter acertado no planejamento de carreira. O menino de 16
anos foi comprado pelo Real Madrid por R$ 400 milhões e terá mais um ano e meio
para se desenvolver no futebol brasileiro antes de seguir para a Espanha.
Mais
que isso, se as expectativas sobre o seu futebol se confirmarem, Endrick vai
chegar ao Real Madrid como substituto do francês Benzema, que já tem 35 anos e
caminha para o fim de sua carreira.
O
futebol europeu olha cada vez mais o talento do futebol brasileiro e faz altos
investimentos. O jogador brasileiro precisa ser mais profissional e aprender a
superar as dificuldades do clima, idioma e alimentação. A independência
financeira também passa pelo amadurecimento como atleta.
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