Libertadores aumenta premiações, mas diferença paga para o campeão da Champions é de R$ 280 milhões

 

Libertadores e Liga dos Campeões são as duas principais competições de clubes da América do Sul e da Europa. Se no passado as disputas entre clubes dois continentes foi equilibrada, hoje isso não ocorre mais. E um dos principais motivos é a disparidade financeira de arrecadação entre os clubes. A diferença paga aos vencedores dos dois campeonatos é de R$ 280 milhões.

Na segunda-feira (9) a Conmebol anunciou um aumento de 21% nas premiações para a Copa Libertadores de 2023 e vai distribuir aos participantes mais de R$ 1 bilhão. O campeão da competição pode acumular até R$ 147,5 milhões. A novidade para a edição desse ano do torneio é o pagamento de R$ 1,5 milhão aos clubes por vitória na fase de grupos.

Apesar de conseguir valorizar sua competição, a Libertadores está a um oceano de distância da Liga dos Campeões. A competição é a que paga as melhores premiações no mundo. O Real Madrid, campeão na temporada 2021/2022 embolsou R$ 428 milhões.

A disparidade financeira também já é sentida dentro dos gramados. O Corinthians foi o último time sul-americano a conquistar o Mundial de Clubes e lá se vão mais de dez anos.

Pior. A distância entre clubes da América do Sul e de outros continentes parece diminuir. Times campeões da Libertadores já foram eliminados cinco vezes nas semifinais do Mundial de Clubes e o torneio teve na decisão equipes da África, Ásia e Oriente Médio.

A possibilidade de um sul-americano conquistar um Mundial de Clubes deve ficar ainda mais difícil ou impossível em minha opinião. A Fifa anunciou um novo torneio a partir de 2025 com 24 clubes, sendo que oito vagas serão preenchidas por clubes da Europa.

A verdade é que o futebol brasileiro só vai conseguir equilibrar a disputa financeira com a Europa com muita organização. A criação da Liga para ser uma solução a longo, mas o racha existente atualmente entre times brasileiros por disputa de poder parece deixar a distância cada vez maior.