Criação da Liga pode tirar futebol brasileiro da periferia
Alguém tem que ceder. Esse é o princípio
de sobrevivência de qualquer relação, seja profissional ou pessoal. É nesse
caminho que parece estar indo o futebol brasileiro. Após meses de disputas, os
dois grupos de clubes estão dispostos a negociar para criar a Liga de Futebol
Brasileiro a partir de 2025.
O primeiro passo para a união foi dado
pela Libra, que reúne os principais clubes do Brasil. Em assembleia na
terça-feira (28) foi aprovada a nova divisão de receitas dos contratos de
televisão, que agora passa a ser 40% igualitário, 30% por performance e 30% por
engajamento, medido somente por audiência.
Esses critérios seriam alterados para
45-30-25 após cinco anos ou quando a soma dos contratos de televisão chegue ao
patamar de R$ 4 bilhões. Pelos números aprovados a diferença final entre o que
recebe primeiro e o último clube seriam de 3.9 vezes agora e atingiria 3.4 após
a transição.
As mudanças tiveram sinalização positiva
do outro grupo de clubes. A Liga Forte Futebol utilizou suas redes sociais para
aprovar a mudança no rateio do dinheiro e afirmou que aguarda uma reunião para
que outras arestas das propostas sejam equacionadas.
Minha única dúvida é como vai ser a
operação dos dois grupos financeiros que já assinaram termos de compromissos
com as duas ligas para comprar porcentagem mínima e controlar a venda dos
direitos de televisão.
A verdade é que os valores oferecidos
por ambos, cerca de R$ 4 bilhões, mostra o potencial financeiro do futebol
brasileiro. Essa talvez seja a grande chance de tirar os times da periferia do
mundo e voltar, em médio prazo, a pensar em protagonismo.
Ainda há muito a negociar entre as
partes para o anúncio oficial da criação da Liga de Futebol Brasileiro, mas as
sinalizações de ambos os lados é importante e mostra que há uma luz no fim do
túnel para o torcedor, que é o verdadeiro interessado na melhora de seu time de
coração.
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