Leila Pereira reescreve história da rivalidade e cede Allianz Parque para o São Paulo
A confirmação do São Paulo da utilização
do Allianz Parque como sede do jogo de quartas-de-final contra o Água Santa
causou alvoroço da torcida palmeirense. As redes sociais criticaram a decisão
da presidente Leila Pereira em cumprir o acordo de cooperação entre os clubes e
ceder o estádio para o rival.
Eu penso totalmente o contrário desses
torcedores. O futebol é cada vez mais um negócio e tem que ser tratado assim
pelos seus gestores. A passionalidade que move a rivalidade de Palmeiras e São
Paulo não pode ser usada para alguns tipos de decisões.
O cumprimento do acordo por parte de
Leila Pereira cria o início de uma aliança entre Palmeiras e São Paulo, que
pode fortalecer ambos nesse mercado competitivo. É a chance também de reescrever
uma história, mas sem deixar jamais de lembrar a rivalidade histórica entre os
rivais.
Muitos torcedores palmeirenses afirmam
que o São Paulo não é rival e sim inimigo, mas talvez seja a hora de mudar
isso. Uma possível união entre os dois clubes em ações de marketing pode
fortalecer ambos e criar uma frente contra Flamengo e Corinthians, que possuem
as maiores torcidas do país.
Além disso, o acordo de cooperação dos
estádios é muito mais benéfico para o Palmeiras. Historicamente, o alviverde é
obrigado a deixar de utilizar o Allianz Parque pelo menos de cinco a seis vezes
por temporada.
A equação é simples, atualmente o
estádio alviverde sedia muito mais shows do que o do rival. Logo, o Palmeiras
vai mandar muito mais jogos no Morumbi do que o São Paulo no Allianz Parque.
Além disso, o jogo contra o Santos pelo
Paulistão mostrou que torcedor palmeirense se sente em casa quando utiliza o
Morumbi. As minhas lembranças são de pelo menos três títulos na casa do rival
na década de 90: Paulista de 1993, Copa do Brasil de 1998 e Rio-São Paulo de
2000.
Comentários
Postar um comentário