São Paulo FC precisa de reconstrução de ideias
Minhas primeiras memórias do futebol me
remetem aos anos 90 e isso significa que o São Paulo Futebol Clube era o clube
modelo no Brasil. Bicampeão Mundial e da Libertadores, além de conquista
nacionais e estaduais, o Tricolor era invejado pelos torcedores rivais.
Inovador em todas as áreas, o São Paulo
estava há anos luz de qualquer outro clube no Brasil. A equipe possuía um
Centro de Treinamento espetacular e um modelo de gestão médica que atraía todo
grande jogador brasileiro para tratar lesões no famoso Reffis.
Chegaram os anos 2000 e o São Paulo
manteve o protagonismo no futebol brasileiro, chegando ao ápice com as
conquistas do Mundial de 2005 e o tricampeonato Brasileiro (2006, 2007 e 2008).
As conquistas trouxeram soberba para os
são-paulinos, que passaram a se denominar Soberanos. A prepotência fez mal ao
Tricolor, que desde então se estagnou e viu sua infraestrutura ser superada por
todos os principais clubes brasileiros.
O período de vacas magras chegou e desde
então são apenas dois títulos: a Copa Sul-americana de 2012 e o Paulistão de
2021. Pior que isso, o São Paulo ao longo dos anos acumulou não apenas
fracassos dentro de campo, mas também uma dívida milionária, que impossibilita
grandes investimentos.
Em curto prazo a única solução para o
São Paulo seria a transformação em SAF, mas não acredito que os conselheiros
acostumados com as mordomias do Morumbi aprovem uma mudança na gestão do clube.
Passou da hora de oxigenar a ideias e
profissionalizar todo o departamento de futebol. O São Paulo precisa dar um
passo para trás e pagar suas dívidas, mas isso significa ter times menos
competitivos por alguns anos. Resta saber se o torcedor vai ter paciência em
ficar sendo coadjuvante no futebol brasileiro.
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