O obscuro mundo das apostas atinge a elite do futebol brasileiro
O
mundo das apostas enfim chegou e abalou a elite do futebol brasileiro. As
mensagens divulgadas pela reportagem da Revista Veja comprovando a participação
do zagueiro do Santos Eduardo Bauermann em esquema de aliciamento para
favorecer apostadores fez acender novamente o sinal vermelho.
Confesso
que custo a entender o que leva um atleta profissional com contrato vigente por
longo período em um grande clube e recebendo um bom salário se sujeitar a
receber “migalhas” para tomar um cartão amarelo aqui ou forçar uma expulsão
ali.
Talvez
ao aceitar participar do esquema ilícito remeta ao cenário presente no
cotidiano de todo o brasileiro há anos: a impunidade. Os jogadores acreditam
que seja inofensivo beneficiar alguém que aposte numa certa quantidade de
escanteios ou passes errados, mas esquecem da essência da esportividade.
A
elite do futebol brasileiro já foi assolada pelo mundo das apostas há quase duas décadas. No ano de 2005, a mesma Veja denunciou esquema de manipulação de
resultados com a participação do arbitro Edilson Pereira de Carvalho, um dos
principais do país na época. Como medida, a CBF anulou o resultado das partidas
e refez os jogos.
De
lá para cá, o mundo das apostas foi crescendo cada vez mais e a maioria dos
clubes da primeira divisão são patrocinados por esses sites. Enquanto os
esquemas de apostadores atingiam clubes e jogadores de divisões pequenas, tudo
foi varrido para debaixo do tapete.
Mas
agora o sinal vermelho foi novamente acesso. As autoridades e os responsáveis pelo
futebol brasileiro precisam tomar medidas drásticas. Os jogadores envolvidos no
esquema de apostas precisam ser banidos do esporte. Essa talvez seja a única forma
de evitar que mais uma vez não sejamos obrigados a ouvir que o “crime compensa”.
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