Resultados da seleção dentro de campo são reflexos da incompetência administrativa da CBF
A CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) não trata a seleção brasileira com grandeza que merece. A mais nova
peripécia da administração Ednaldo Rodrigues é usar uma ponte aérea entre
Brasil e Argentina para que o técnico do Sub-20, Ramon Menezes, mais uma vez se
torne interino e convoque os jogadores para amistosos contra Guiné e Senegal,
previstos para o mês de junho.
Chega a ser ridículo, mas passados mais
de seis meses da eliminação na Copa do Mundo e a certeza da saída do técnico
Tite, a CBF ainda não conseguiu anunciar um substituto para a seleção de
futebol com mais títulos mundiais.
Ednaldo Rodrigues deixa claro que só
existe um nome para o cargo: o do italiano Carlo Ancelotti, que dirige o Real
Madrid e já declarou em recente entrevista que pretende cumprir o contrato com
a equipe espanhola até 2024.
O desencontro entre as partes mostra que
os resultados ruins dentro de campo do Brasil são reflexos das sucessivas más
administrações. Não é possível a seleção ainda não ter um comandante definido
com as eliminatórias da Copa do Mundo tendo início em setembro.
A CBF deveria ter um pouco mais de carinho
e respeito com a seleção brasileira. Que os dirigentes são incompetentes, o
torcedor está mais do que cansado de saber, mas o ápice do despreparo é não
conseguir um técnico com capacidade para dirigir o Brasil.
Não acho errado esperar por Ancelotti, mas
uma definição entre as partes já deveria ter acontecido e ter se tornado
público. Imagina a vergonha que vamos passar quando daqui a alguns meses o
treinador italiano optar por ficar no Real Madrid e deixar a CBF de mãos
vazias.
A verdade é que o ciclo para o Mundial
de 2026 já parece comprometido e é certo que o Brasil vai ter dificuldade nas
primeiras partidas das eliminatórias. Ficar fora da Copa com o atual formato
com 48 seleções é praticamente impossível, mas parece certo que um resultado
ruim nos aguarda mais uma vez.
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