Carlo Ancelotti: Esperar ou não esperar, eis a questão?
Falta apenas o anúncio oficial para que Carlo
Ancelotti seja confirmado como novo técnico da seleção brasileira. Confesso que
o italiano sempre foi a minha primeira escolha para a função, mas será que a
opção pelo treinador mais vitorioso por clubes na Europa vale a espera de mais
um ano para o início do trabalho e a decisão de comprometer o ciclo até a Copa
do Mundo de 2026.
Eu entendo que sim. O tão defendido ciclo
de quatro anos para a formação de uma seleção forte no fim acaba se resumindo
em 40 dias de disputa de Copa do Mundo. A gestão Tite foi exemplo disso. O trabalho
realizado até o Mundial foi ótimo, mas o resultado de eliminação jogou tudo no
lixo mais uma vez.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues
desde a saída de Tite mostra convicção que Ancelotti é a única escolha que pode
levar o Brasil ao hexacampeonato mundial. Mais que isso, a opção pela espera mostra
que o único objetivo da seleção é a Copa do Mundo e que os resultados até lá
vão ser secundários.
A opção pela espera também dá um recado
claro: não há técnico brasileiro preparado para assumir a seleção brasileira.
Vindo da CBF, é até temerário afirmar isso, pois foi criado recentemente um
curso de formação de treinadores, mas que até agora não surgiu ninguém com resultados
consistentes.
A falta de novos nomes de técnicos
brasileiros também é respaldada pelas escolhas dos clubes. O Corinthians optou
por Vanderlei Luxemburgo com seus 70 anos e sem resultados animadores recentes.
Já o Atlético-MG conseguiu desaposentar Luiz Felipe Scolari e ofereceu um
contrato até o fim de 2024.
Resta saber agora quem vai dirigir o
Brasil em oito jogos até a chegada de Ancelotti em junho de 2024 e se
resultados adversos não vão causar pressão na CBF.
A verdade é que a resposta se foi certo ou
não aguardar pelo técnico italiano vamos ter apenas com a campanha da seleção
brasileira na Copa do Mundo de 2026.
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