Brasil vence, mas não convence nas rodadas inaugurais das Eliminatórias para a Copa de 2026

 

Duas vitórias e seis pontos somados nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Quem olha apenas o resultado entende que o Brasil apresenta um futebol com qualidade, mas a verdade é que time treinado interinamente por Fernando Diniz precisa evoluir no desempenho.

Que a seleção brasileira vai classificar para o Mundial com certa facilidade não há a menor dúvida. Afinal é difícil imaginar o Brasil ficando fora com as Eliminatórias oferecendo seis vagas diretas e uma para uma repescagem. O desafio é evoluir como time durante os três anos de disputa.

A primeira perna das Eliminatórias mostrou o Brasil dominante contra uma frágil Bolívia. Diante do pior time sul-americano, a seleção impôs o seu jogo e facilmente aplicou uma goleada. A única falha é tomar um gol de um time que oferece pouquíssima resistência.

O segundo jogo contra o Peru parecia ser mais complicado, mas a verdade é o adversário pouco incomodou o gol de Ederson. O Brasil teve a posse de bola, mas mais uma vez teve dificuldade em construir o jogo com uma equipe retrancada e que baixou as linhas na defesa.

Inúmeros erros de passes dos jogadores de meio-campo também dificultaram a partida e a vitória veio apenas nos minutos finais numa cobrança de escanteio.

Mais que os problemas coletivos apresentados na partida, também faltou coragem ao técnico Fernando Diniz. A demora em fazer as substituições e a insistência em manter Neymar em campo, mesmo o jogador demonstrando cansaço é um ponto a ser observado.

Talvez seja essa a grande necessidade de um técnico estrangeiro. Romper as barreiras da “panelinha” dos jogadores e colocar em campos os melhores e substituir aqueles que fazem uma partida abaixo do esperado.

A seleção brasileira volta a se reunir em outubro para encarar a Venezuela, no dia 12 em Cuiabá, e depois vai até Montevideo enfrentar o Uruguai o dia 17. Diniz vai ter mais uma chance de emplacar suas ideias de jogo e mostrar evolução no desempenho do Brasil.