Dorival Junior não ousa e Brasil trava contra a Costa Rica
Conservadorismo,
teimosia, pragmatismo ou qualquer outro adjetivo que o torcedor quiser atribuir
cabem a Dorival Júnior. O técnico é o principal culpado pelo empate sem gols
contra a fraquíssima Costa Rica na estreia do Brasil na Copa América disputada
nos Estados Unidos.
A
primeira teimosia de Dorival acontece ainda na escalação da seleção. Não há
argumento que resista a não colocar Endrick entre os 11 titulares. O jovem
centroavante já foi testado em amistosos e deu respostas com gols contra
Inglaterra, Espanha e México.
Com
a bola rolando vimos mais uma vez uma seleção sem ideia de jogo coletivo. Era o
que se esperava do Brasil após mais de 20 dias de preparação para a estreia na
competição, mas o que se viu foi mais do mesmo. Os jogadores levam a bola até o
último terço do campo e aguardam uma jogada individual para criar alguma chance
de gol.
O
conservadorismo de Dorival também irritou o torcedor. O Brasil teve mais de 75%
de posse de bola e o adversário mal passava do meio-campo. Ainda assim, faltou
ousadia ao treinador, que resolveu mudar o esquema com dois volantes apenas na
metade do segundo tempo.
Ouço
muitos torcedores afirmarem que o problema do Brasil é uma geração de jogadores
fraca. Discordo. Não há falta de material humano na seleção brasileira. Fico
com a sensação que falta ideia para transformar a individualidade do jogador
brasileiro em jogo coletivo.
Após
a saída de Tite defendi a contratação de um treinador estrangeiro justamente
por isso. O Brasil precisa de uma revolução de ideias e isso não vai acontecer
enquanto o treinador insistir nas mesmices táticas que vimos nos últimos anos.
Faltou
ousadia a CBF, assim como falta a Dorival Júnior.
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